Orador Saulo César explica como vencer a batalha entre o bem e do mal, no âmbito pessoal, durante IV Congresso Espírita do DF
Brasília (20/4/18) – O IV Congresso Espírita do Distrito Federal teve início com a palestra “O Bem e o Mal – Seus Efeitos na Sociedade”, ministrada pelo conferencista espírita Saulo César Ribeiro. Na ocasião, o orador convidou os participantes a olhar o mundo, a sociedade, a família e a si mesmos a partir de uma perspectiva diferente.
“A doutrina espírita nos convida a ter a uma visão diferenciada, porque tudo o que acontece é para o nosso bem, sejam as situações boas ou más. Por isso, ao nos defrontarmos com circunstâncias de sofrimento, devemos entender que elas servem unicamente para o nosso progresso”, afirmou Saulo César.
A sociedade atual, segundo ele, “vive
uma época ímpar e especial, com conquistas, com valores e avanços que não podem
ser ignorados já que, cada um deles, representa um passo importante para o
progresso da humanidade”. Entretanto, na visão do orador, ao lado de tantas
melhorias, ainda pairam imensos desafios. “Um deles é quando o ser humano
começa a se afastar da fé e da crença em Deus porque as coisas não ocorrem conforme
o esperado ou por causa de acontecimentos que chocam a sensibilidade e a
razão”, explicou.
O conferencista acredita que para
resolver essa equação é preciso desenvolver um senso crítico com maturidade
para compreender, “além das incongruências do mundo, que a vontade do criador é
soberana”. Assim, para ele, é necessário entender que muitas
situações boas, más e de sofrimentos podem ocorrer por motivos de provas,
expiações e missões que, muitas vezes, foram programadas, ainda no mundo
espiritual.
“O desafio é mantermos a paz, a tranquilidade, a consciência tranquila e a firmeza da conduta, mesmo quando o ambiente não nos favorece. Por isso, alterar essa forma de olhar significa compreender que o mal, na visão espírita, não existe enquanto uma entidade, sendo fruto da fragilidade do ser humano”, ponderou.
Desafios
Saulo César
explicou que vencer o mal, ao contrário do que muitas pessoas pensam, não é uma
batalha. “Basta valorizar o bem”, declarou. Para isso, ele apontou três esferas
a serem seguidas. A primeira é a
esfera pública, que se baseia no convívio social e convida a todos para adotar uma
postura nova: aceitar as diferenças. “A tarefa de cada um de nós é
construir uma sociedade mais justa e solidária, oferecer apoio, auxílio e não
fazer distinção de quem quer que seja”, esclareceu, acrescentando que as
posições de poder da esfera pública são transitórias e passageiras e que podem
ser vinculadas tanto ao aspecto positivo ou negativo.
Família
A segunda esfera é a familiar que, diferentemente da esfera pública, é onde se desenvolvem sentimentos mais profundos. “Temos que lutar para que não haja o relaxamento dos laços de família. É no ambiente familiar que reencarnam espíritos que precisam estabelecer relações reais, alcançar o respeito mútuo e o auxílio solidário dos integrantes. Com isso, é preciso, nessa esfera, valorizar o contato humano e compreender o outro de maneira mais profunda”, avaliou.
Nós mesmos
A terceira, e não
menos importante, é a esfera de “nós mesmos”. “Para isso, é preciso
identificar nossas luzes e sombras. Vencer o mal que ainda há em nós.
Todos temos algo em que trabalhar e melhorar em nosso íntimo, por isso temos de
aproveitar a reencarnação para tratar dessas questões”, reforçou.
Por
Isabel Carvalho