Segundo Alberto Almeida, no dia-a-dia, conhecemos as pessoas
desempenhando papéis, como o de dirigente ou palestrante de centro espírita, médico,
colega de trabalho, músico, mãe, pai e filho. O palestrante explicou que esses
papéis apenas contam um pouco do que somos, mas não nos definem inteiramente e
que é equivocado imaginar o contrário. Para ele, só se conhece verdadeiramente
uma pessoa, quando nos dedicamos a olha-la por inteiro.
Almeida chegou a comparar o mergulho íntimo a entrar em uma
casa escura e iluminá-la para procurar quem somos. “É fazer a conexão com o
divino, buscando o ego, para colocá-lo à serviço do ser e não o contrário, ou
seja, evitando que o ego assuma o comandando do homem”, enfatizou.
O palestrante afirmou que muitos de nós não se dá conta de
que os papéis sociais são sustentados pelo ego e, se o ego está “escuro”, nosso
surgimento externo fica prejudicado. “Quem tem o ego desestruturado não
consegue desenvolver os perfis sociais adequados para as mais diversas
situações que experienciamos”, explicou o médico paraense.
Por fim, Alberto Almeida destacou o seguinte: “a cada
encarnação, o nosso ego vai perdendo força. Isso acontece com tanta intensidade
que, em algum momento, o ego morre e, aí sim, nos sentimos conectados à
divindade”. E arremata: “se não tivermos conectados ao divino que habita em
nós, não daremos conta das nossas demandas humanas”.
Texto: Luana Karen
Revisão: Eduardo Brasil