Segundo dia do Semear tem esclarecimentos sobre perguntas de trabalhadores


O segundo dia do “4º Educar para Melhor Semear”, promovido pela Federação Espírita do Distrito Federal (FEDF), foi dedicado a tirar dúvidas dos evangelizadores. Lúcia Moysés e Adeílson Salles responderam a perguntas sobre os desafios da infância e da juventude, recursos pedagógicos, engajamento e compromisso dos trabalhadores, uso da tecnologia, depressão infanto-juvenil e outros temas.

Os questionamentos foram colhidos ao longo dos dois dias de evento em uma caixa colocada à disposição dos participantes. As perguntas eram destinadas a um dos dois palestrantes e, em muitas ocasiões, Lúcia e Adeílson se complementavam nos esclarecimentos.

Lúcia falou, por exemplo, sobre a importância do trabalho integrado entre infância e juventude para que a evangelização flua melhor. Ela também destacou a necessidade da avaliação para que o trabalhador perceba se a aula está alcançando os objetivos propostos. E enfatizou a flexibilidade no planejamento, dizendo que o programa não pode ser engessado, mas, sim, aberto às necessidades das turmas.

A palestrante abordou a “gamificação”, que é a utilização de jogos e de elementos de design de games. Citou o uso de peças desmontáveis como ferramenta pedagógica para tratar de temas como reencarnação, períspirito e outros. E ainda refletiu com os participantes sobre crianças em contextos de perturbação. “A gente julga, fala que eles não têm jeito, mas eles têm. Todo mundo tem jeito. Precisamos mostrar que eles têm valor, que eles são importantes.
Para essas crianças, precisamos ver os interesses delas e começar daí a criar empatia para conseguir abrir espaço para o Evangelho.”

Adeílson Salles completou, contando uma experiência que ele teve ao palestrar para jovens em conflito com a lei na antiga Fundação Estadual para o Bem Estar do Menor (FEBEM) em São Paulo. “Primeiro contei uma história para eles, porque a história ultrapassa qualquer diferença social, económica. Depois declamei um poema sobre gratidão e eles resolveram declamar junto comigo. Diante dessa experiência, digo a vocês que o jovem que está em um contexto de vícios, crime, ele está em um terreno árido, mas isso não significa que não podemos semear.
Não existe coração em que o amor não possa entrar”, acrescentou.

Adeílson também falou sobre desafios da juventude, como homossexualidade, depressão, desinteresse do jovem pela evangelização. E em diversas respostas, ele ressaltou a necessidade do acolhimento do indivíduo, da compreensão e da contextualização para que o conteúdo espírita possa ser atrativo para os evangelizandos. O palestrante ainda incentivou a literatura espírita juvenil e exemplificou a contextualização com o uso de personagens de histórias em quadrinhos para se aproximar do jovem.